Cultura livre e pirataria (muito) além do download grátis

Copyfight
Editora Azougue

 

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O livro Copyfight chega às ruas e às redes em dezembro de 2012 para esquentar o debate em torno das disputas de “propriedade intelectual”, lançando novas luzes sobre o tema e mostrando como tais conflitos possuem impactos não só no campo da cultura e no chamado “mundo virtual”, mas também em uma dimensão bastante real de nossas vidas, como a produção de máquinas, objetos ou mesmo de alimentos.

Fruto de dois encontros presenciais, realizados em 2010 e 2011 no Rio de Janeiro, o livro publicado pela Editora Azougue reúne reflexões de funkeiros, filósofos, camelôs, hackers, artistas, acadêmicos e comunicadores sobre a disputa para evitar a privatização do bem mais valorizado na sociedade hoje: o conhecimento. A obra conta com textos de autores inéditos e veteranos, como o filósofo Antonio Negri e a entrevista com Richard Stallman, considerado o pai do software livre.

Com ilustrações das artistas plásticas Cassia Lyrio e Silia Moan, o livro reúne 29 trabalhos vindos do Brasil e do mundo, que atualizam a discussão em torno dos direitos autorais, indo além da disputa entre “copyright VS copyleft”, problematizando propostas como o Creative Commons e trazendo à tona perspectivas marginais e esquecidas no debate sobre “propriedade intelectual”.

Assim, Copyfight traz ao Brasil discussões importantes, como a noção de copyfarleft proposta por Dmitry Kleiner, um tipo de licenciamento para trabalhos que reconhece (e intenta superar) a divisão de classes. Ao mesmo tempo, leva ao mundo perspectivas locais pouco conhecidas, como a visão dos funkeiros sobre direito autoral e o que pensam os camelôs de rua, trazendo inclusive reproduções originais de cartas enviadas por ambulantes presos por pirataria.

O livro reúne ainda reflexões sobre o trabalho de inventores, designers e a questão de patentes, mostrando por exemplo como Santos Dummont foi um dos precursores da noção de obras abertas. Copyfight trata ainda do problema em torno da produção da alimentos transgênicos, defendendo a necessidade de preservação das sementes livres para garantir a liberdade para os códigos genéticos – e não só para softwares e códigos computacionais através do software livre.

Como afirmam os organizadores na introdução, “o objetivo do livro não é difundir uma visão única ou uma proposta acabada para as questões atuais acerca da cultura livre e da pirataria; mas sim desvelar uma multiplicidade de reflexões e práticas”. “Copyfight não remete a um mundo de encaixes perfeitos, mas sim a um mundo de atritos”. Neste sentido, o livro desenvolve uma experiênica diferenciada de leitura, permitindo a leitura dos textos através dos nós temáticos (seções organizadas não-linearmente) ou por meio das notas dos organizadores, que funcionam como hiperlinks, propondo cruzamentos de leituras entre os trabalhos.

A estreia do livro se deu com o lançamento de sua versão online, que já está disponível para download no site do Copyfight (www.copyfight.tk) com uma licença livre, permitindo inclusive a reprodução comercial da obra. O lançamento da versão impressa está marcado para dia 18 de dezembro no Rio de Janeiro, e em 2013 percorre outras cidades do Brasil.

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